Depois da sexta rodada de negociação, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2018/2019 dos vigilantes de transportes de valores no Estado não avançou. Os patrões continuam resistindo e insistindo na retirada de direitos dos trabalhadores. Ao invés da atenderem à pauta de reivindicações, pelo menos os principais pontos, querem é excluir cláusulas que garantem benefícios à categoria. Na última segunda-feira, 30/07, o Sindfort-PE se reuniu mais uma vez com o sindicato patronal para discutir uma saída. Sem êxito. Na noite desta quarta-feira, 1º de agosto, os vigilantes rejeitaram por unanimidade a contraproposta dos patrões.
A Assembleia Geral Extraordinária aconteceu no escritório da Campos & Delano, que representa a categoria. Depois de ouvirem os esclarecimentos dos advogados presentes, em relação às propostas dos patrões, os trabalhadores decidiram não aceitar as condições impostas pelo empresariado, após estas serem colocadas em votação pelo presidente do Sindfort-PE, Cláudio Ricardo Mendonça. A Mesa de Negociação com o patronato se arrasta desde o início do ano. A pauta da CCT foi aprovada pela categoria em Assembleia, no mês de janeiro, e desde então, o sindicato laboral tenta negociar com o patronal a garantia de direitos dos trabalhadores.
Para se ter ideia, a quarta rodada foi suspensa porque o patronato retroagiu em relação ao plano de saúde e insistiu na retirada de benefício social. O Sindfort-PE vem tentando sensibilizar os patrões em cada rodada de conversa a voltar atrás e garantir estes direitos, mas nenhum avanço foi registrado. “Os patrões retroagiram, e não vamos aceitar as condições que eles querem nos impor”, avisa Cláudio Ricardo Mendonça, presidente do Sindfort-PE. O assessor jurídico do sindicato, Sávio Delano, ainda propôs usar o benefício assistencial para acobertar parte do plano de saúde, mas os empregadores não aceitaram e ainda anunciaram a retirada deste direito da CCT. As negociações, enfim, não chegaram a um consenso.
“As empresas se negam a atender nossas reivindicações, que são direitos mínimos para o trabalhador desempenhar suas funções com dignidade. Numa profissão de risco como a nossa, teríamos que ter garantias e valorização que o próprio empregador deveria reconhecer. Infelizmente, isto não acontece”, completa Cláudio. Para Sávio Delano, a postura do patronato reflete muito bem o que determina a nova reforma trabalhista. “Os donos das empresas estão se aproveitando da nova lei, que é absurda, para impor condições precárias de trabalho. E o desrespeito ao trabalhador é uma das agressões dessa nova lei. O jurídico do sindicato vai atuar para garantir os direitos da categoria”, declara.
Enquanto houver coragem de lutar, haverá esperança de vencer!
Redação Sindfort-PE